Quero ser dizimista

BREVES CONSIDERAÇÕES SOBRE A ORAÇÃO DO DÍZIMO

O quinto mandamento da Santa Igreja preceitua que é dever de cada fiel “prover as necessidades da Igreja, segundo os legítimos usos e costumes e as determinações” (Catecismo da Igreja Católica, 2043). 

No mesmo sentido, os parágrafos do cânone 222 do Código de Direito Canônico enfatizam: § 1. Os fiéis têm a obrigação de prover às necessidades de Igreja, de forma que ela possa dispor do necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade, e para a honesta sustentação dos seus ministros. § 2. Têm ainda a obrigação de promover a justiça social e, lembrados do preceito do Senhor, de auxiliar os pobres com os seus próprios recursos. 

Como se sabe, a Igreja de Cristo não interpreta nem impõe o pagamento do dízimo na percentagem precisa de 10% (dez por cento), pois o valor deve brotar da generosidade e respeitar as possibilidades de cada fiel.

Tampouco prega que o Amor de Deus se condiciona a qualquer pagamento, como se Deus estivesse a vender aquilo que nos dá gratuitamente. Na verdade, o dízimo é mais um caminho, de suma importância, em nossa busca pela santidade, que nos permite, a um só tempo, amparar a Igreja Peregrina e praticar o bem, despojando-nos do egoísmo.

Uma brevíssima reflexão sobre a oração do dízimo pode nos ajudar a compreender melhor esse conceito: 

Aceita, Senhor, com meu dízimo, a minha gratidão.Naturalmente, a entrega do dízimo deve sinalizar a nossa gratidão para com Deus que gratuitamente nos ama e nos confere, desde o dom da vida até as vidas de nossos entes queridos. Em verdade, tudo o que somos e temos a ele devemos e não há valor no mundo que possa saldar essa dívida, aliás, o preço do resgate deste mundo com aqueles que nele habitam foi o Preciosíssimo Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo. Logo, não pagamos um débito impagável, apenas mostramos o quão grato nós somos por tudo aquilo que recebemos do alto.

Ele é fruto do meu trabalho e sacrifício de cada dia.No gesto da partilha do dízimo, colocamos aos pés do Senhor o fruto de nosso trabalho, de nossas fadigas e sofrimentos, que temos oportunidade de associar à obra da Salvação. De fato, quando o fruto de nossos trabalhos é devolvido a Deus, oferecemos com ele um pouco de nós, como que uma centelha do que o Cristo fez por nós, distinguindo-nos dos antigos sacerdotes que entravam no santuário “para oferecer sangue alheio” (Hb 9,25).

Ajudai-me a dar com generosidade e justiça. – Reservar algo do que recebemos a Deus, que é o Senhor de todas as coisas, revela em cada um de nós a propensão para a partilha, por lutar por um mundo melhor, amparando a Igreja de Cristo, que é a maior instituição de caridade do mundo, que ensinou e ensina ao mundo o caminho mais justo a trilhar e que precisa ser amparado por nós. Essa aptidão para amparar a Igreja não exclui, mas inspira, ainda mais, a vocação de ajudar aos necessitados que estão à nossa volta.

Tirai todo o egoísmo do meu coração, (...) – O gesto da partilha dos bens terrenos, nos ajuda a sufocar a avareza e o egoísmo que tentam controlar nossas vidas. De fato, é preciso optar, sempre, pelo Senhor digno de ser servido, que não pode ser o dinheiro. Participar da obra da Salvação nos faz imitadores do próprio Cristo que, acima de qualquer tesouro imaginável, se despojou da Glória dos Céus para assumir nossa condição humana, conferindo-nos parte de Sua Divindade, ao assumir a nossa humanidade.

(...) quero ser um instrumento de paz e amor, (...) – Seremos, assim, sufocando o egoísmo que tenta gritar dentro de nós, verdadeiros instrumentos da paz e do amor de Deus, mostrando que as coisas do mundo não prevalecem e cedem lugar diante dos anseios divinos e da Igreja de Cristo que, embora esteja no mundo, não pertence ao mundo, mas Àquele que a instituiu.

(...) quero ser membro ativo da Igreja. – Ao oferecermos o dízimo, auxiliamos como dito, na manutenção da Igreja Peregrina, que neste mundo precisa arcar com grandes despesas, que muitas vezes se oferecem como obstáculos à instituição do Reino de Deus, e que excluem as pessoas por toda parte, como se não fossem todas dotadas da máxima dignidade que lhes confere o fato de serem criadas à imagem e semelhança de Deus.

Que meu dízimo seja agradável a ti! – Para que o dízimo seja verdadeiramente agradável a Deus, é preciso que tenhamos consciência da entrega, sem mentiras ou arrependimentos. Sem leviandade ou descaso, que seja uma sincera “devolução” a Deus de parte do muito que dEle recebemos. Apenas a sinceridade e a alegria no coração, com o gesto da partilha, tornarão agradável a Deus o nosso gesto.

Dá-me, Senhor, tua bênção! – Certamente, se ampararmos a Casa de Deus e a Igreja Peregrina neste mundo, mereceremos Sua Bênção, não como o saldo de uma aplicação financeira – pois Deus não negocia conosco – mas como fruto da compreensão de que as coisas do alto precedem as coisas deste mundo. Nas palavras do profeta: “Pagai integralmente os dízimos ao tesouro do templo, para que haja alimento em minha casa. Fazei a experiência – diz o Senhor dos exércitos – e vereis se não vos abro os reservatórios do céu e se não derramo a minha bênção sobre vós muito além do necessário” (Ml 3, 10).

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